A sociolinguística nas aulas de língua portuguesa
- Professor Isaias Ildebrand
- 19 de mai. de 2016
- 2 min de leitura

Durante o primeiro trimestre, os alunos, dos primeiros anos do turno da manhã, entraram no mundo das linguagens, assim perceberam a importância de compreender como o preconceito linguístico se manifesta em nossos contextos atuais.
Estudamos e compreendemos sobre os aspectos gramaticais nas aulas de língua portuguesa, entretanto “[...] as especificidades do português brasileiro são pouco ou mal reconhecidas e, no mais das vezes, quando mencionadas, se destinam a condenar os supostos 'erros' cometidos pelos brasileiros ao falar/escrever.” (BAGNO, 2005, p. 71). Com isso, vemos que a língua se estabelece na cultura, assim a evolução e novos termos sempre surgirão, já que ela é mutável, se modifica e está em constante transformação.
Os primeiros anos, do Ensino Médio da escola, trabalharam analisando as variantes do português, dessa forma foram desafiados a construir peças teatrais com a temática “variação e preconceito linguístico”.
Mediante essa temática, os alunos desenvolveram roteiros envolvendo esses conceitos, de tal modo que, criaram, ensaiaram, se expressaram e, por fim, apresentaram suas peças teatrais.
Ainda assim, vale ressaltar que
[...] é preciso encontrar modos que possibilitem um tratamento consistente dos fenômenos da mudança linguística, a fim de mostrar que a língua está constantemente em transformação, que essa tendência à mudança é da própria natureza das línguas humanas. (BAGNO, 2005, p.73).
Contudo, os alunos gostaram da proposta, percebeu-se que compreenderam a importância de respeitar o modo do outro se expressar, porém há diversos contextos para expressão e

que precisamos respeitar esses contextos. Estudar as variantes de Língua Portuguesa é oportunizar aos discentes o conhecimento de sua cultura, o conhecimento das transformações da língua e como ela se manifesta na sociedade pós-moderna.

Referência: BAGNO, Marcos. Tarefas da educação linguística no Brasil. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 5, p. 63-82, 2005.
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