Mediações sobre a gestão democrática
- Professora Andreia Siqueira Barbosa de Moura
- 29 de out. de 2016
- 2 min de leitura

Essa descrição e vivência que apresento, retrata minha prática supervisional pedagógica, juntamente com a direção da Escola La Salle, já que é mais do que encarar uma sala fechada ou pais em reuniões; é desafiador.
Despertar no professor e no aluno o interesse, ajudando-os em seus medos, angústias e incertezas, reforçando que eles são os protagonistas de seus aprendizados e experiências, valorizando sempre o professor e lembrando-o de seu papel de mediador é fundamental.
Enfatizo que essas ideias trazem um pouco dos ensinamentos de Paulo Freire (2003) quando diz que “saber e ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. Trata-se não apenas de “ensinar”, mas de oportunizar novos desafios, novas situações, tentando relacionar a experiência e as aprendizagens vividas nestas com outras já construídas.
A Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional, no artigo 32, incisos II e IV prevê que:
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das Artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade [...] IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. (BRASIL, 1996, art. 32º)
Desta forma, com o incentivo ao fortalecimento de vínculos da família, compreensão da realidade vivida, aguçar práticas que desenvolvesse na comunidade escolar o hábito de dialogar, respeitando em todos os momentos a bagagem cultural que cada um traz consigo são ações e atos primordiais para uma gestão democrática.
Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão”. (…) “Somente quando os oprimidos descobrem, o opressor, e se engajam na luta organizada por sua libertação, começam a crer em si mesmos, superando, assim, sua “convivência” com o regime opressor. Se esta descoberta não pode ser feita em nível puramente intelectual, mas da ação, o que nos parece fundamental é que esta não se cinja a mero ativismo, mas esteja associada a sério empenho de reflexão, para que seja práxis. (Paulo Freire, Cartas à Cristina, 1994.)
Evidenciar a escola que permite a participação do professor e do aluno voltado a observar, direcionar e planejar coletivamente com a equipe e comunidade escolar se faz necessário no século XXI, tornando-se assim relevante para o sucesso do ensino-aprendizagem.
Referências:
______. Cartas a Cristina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.
____. Lei 9.394 de 20 de dezembro 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Acessado em 24/01/2015.
FREIRE, P. PEDAGOGIA DA AUTONOMIA - saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
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